Thursday, November 23, 2006

O começo

Do César. Ainda quando os dois coloridos.
Quase roubei, mas não consegui. Entre as coisas ruins que a gente aprende com os nossos pais sempre está a tal da honestidade.


Minhas palavras ainda não entraram. Ainda.
Ainda estão perdidas.
No tumulto enlouquecido. Nas pipocas estourando. Na profusão das cores.

Minhas letras.

Não sabem se falam da menina de vestido preto.
Não sabem se falam do calor que está. Do que ele, e, do que ela provoca.
Não sabem falar. As letras.

O começo é sempre complicado. Assim apaixonado.

Miragens.

Meus olhos não sabem falar do que enxergam.
Não sabem escrever do que eu não ligo.

Estão desacelerados. Meus olhos, minhas letras e minha luz.

A velocidade. Inércia.

A queda de resistência. A sobrevida.

Aos poucos cadenciando, aos poucos acostumando.
Com o novo, com os zeros, com os fogos, com as mãos.

A cor de pele, a marca clara que denuncia. O contraste.

Os crimes. O meu coração, o deserto. A areia.

Roubar no tempo, passar por la, pertinho. Revirando ampulhetas e idéias.

Só para ver: a imponência, os grandes sonhos, a sua vontade de descansar e, somente assistir tv num domingo.
Assim termina meu ano.


3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

I wish I can understand it. I like Peanuts.

Marina Baker

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6:13 PM  
Blogger Fernanda said...

Rô, você escreve tãoooo lindo. Amo-te!!! Vamos escrever um livro? hehehe

4:43 AM  
Anonymous Anonymous said...

Uia. Profundo...amei!!!

Força na peruca....um dia vamos rir de tudo isso!

Amo.

5:10 AM  

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