Saturday, March 31, 2007
Wednesday, March 28, 2007
Monday, March 26, 2007
Saturday, March 24, 2007
Monday, March 19, 2007
Saturday, March 17, 2007
saído da infância, esquece-se de que, para alcançar o Céu, é preciso ter , com ingredientes, uma pedrinha e a ponta de um sapato.
Tuesday, March 13, 2007
Para minha Nordestina favorita.
Parecia especializar-se em causas perdidas. Perdê-las, primeiro, para depois sair atrás como um louco.
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"No fundo, poderíamos ser como na superfície, mas teríamos de viver de outra maneira.
E o que quer dizer viver de outra maneira?
Talvez viver absurdamente para acabar com o absurdo, sair de si mesmo com tal violência
que o salto acabasse nos braços de outro".
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- É por isso que prefiro os meus pigmentos, fico mais seguro.
- Seguro de quê
- Do seu efeito
- As suas cores não são mais seguras do que as minhas palavras, meu velho.
- Mas minhas cores, pelo menos, não pretendem explicar nada.
- E você se conforma com o fato de não existir uma explicação?
- Não, mas ao mesmo tempo vou fazendo coisas que me tiram um pouco o gosto ruim do
vazio.
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Que parâmetro tem você para pensar que fomos bem? Por que tivemos de inventar o Éden,
viver sob a nostalgia do paraíso perdido, fabricar utopias, engendrar um futuro?
O homem agarra-se à ciência como se fosse aquilo a que chamam uma tábua de salvação, e
que eu jamais soube bem o que era.
Apesar de toda a sua curiosidade e da sua insatisfação, a ciência, ou seja, a razão,
começa por nos tranqüilizar. "Você está aqui, neste quarto, com seus amigos, diante
desse abajur. Não se assuste, tudo está indo bem".
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Não entendo a relação que existe entre mim e isto tudo o que está acontecendo neste
momento.
Não nego que esta acontecendo. É evidente que está acontecendo. Mas é um absurdo.
Não pode estar claro, se o estivesse seria falso, seria cientificamente verdadeiro,
talvez, mas falso como absoluto. A clareza é uma exigência intelectual e nada mais.
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Como cansa ser sempre a mesma pessoa! Irremediavelmente.
Friday, March 09, 2007
Tuesday, March 06, 2007
Sunday, March 04, 2007
indo à feira
abrindo o portão pro cara que mede a luz
saindo de madrugada pra ver uma batida de carro na esquina
suas bochechas empalhadas por consultórios dentários
suas gargalhadas medonhas presas em latas de extrato de tomate
e uma música pra cortar os pulsos
vinda da casa do cara que fala pelo esôfago
e sobre quem os vizinhos dizem:
“nunca vi sorrir
nem pras crianças”
(Sérgio Mello)